Abraão é uma figura importante do Antigo Testamento da Bíblia e é considerado o pai dos patriarcas do povo hebreu. Ele viveu há cerca de 4.000 anos atrás na região da Mesopotâmia, que é atualmente o Iraque.
Abraão é conhecido como o “Pai de Nações” e é uma figura central das religiões judaica, cristã e islâmica. Sua história começa no livro de Gênesis, onde é descrito como um homem fiel a Deus que recebeu uma promessa divina.
Caldeus e a cidade de Ur
De acordo com a história, Abraão nasceu em Ur dos caldeus, uma cidade próspera na região da Mesopotâmia, estimada a cerca de 65.000 habitantes durante o auge de seu poder, que teria ocorrido por volta do século XXI a.C. A cidade de UR era um importante centro comercial e cultural na Mesopotâmia e abrigava templos dedicados aos deuses da época. Sua localização estratégica às margens do rio Eufrates também a tornou um centro importante para o comércio e a agricultura na região.
Os caldeus eram um povo semita que viveu na Mesopotâmia, uma região que fica entre os rios Tigre e Eufrates, onde atualmente é o Iraque. Eles foram uma das várias tribos que habitavam a região na antiguidade, juntamente com sumérios, acádios, amoritas e outros.
A história dos caldeus remonta ao terceiro milênio a.C., quando várias cidades-estado na Mesopotâmia, incluindo Ur, Eridu e Uruk, foram fundadas. Com o tempo, as cidades-estado se desenvolveram em impérios poderosos, como o Império Acádio, que dominou grande parte da Mesopotâmia no século XXIII a.C.
Alguns dos achados arqueológicos mais importantes de Ur dos Caldeus incluem o Templo de Nanna, dedicado ao deus-lua da cidade, que foi reconstruído diversas vezes ao longo dos séculos. Outro importante achado arqueológico foi o Tesouro Real de Ur, um conjunto de objetos de ouro e joias encontrados em uma tumba real na cidade.
Os caldeus eram conhecidos por sua habilidade em astronomia e matemática, e alguns estudiosos acreditam que eles foram os primeiros a desenvolver um sistema de astronomia que permitiu a previsão de eclipses. Eles também eram habilidosos em arquitetura e construíram diversas estruturas impressionantes, como os jardins suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo
O Império Babilônico, fundado por Nabucodonosor II em 626 a.C., foi um dos impérios mais poderosos da Mesopotâmia, e os caldeus desempenharam um papel importante em seu desenvolvimento. O império floresceu durante o século VI a.C. e incluiu partes da atual Síria, Israel e Palestina.
Eles acreditavam que os corpos celestes tinham influência sobre a vida das pessoas e desenvolveram um sistema complexo de crenças em torno da astrologia. Essas crenças influenciaram o pensamento de outras culturas, como a grega, a persa e a romana.
Além de sua contribuição para a ciência e a cultura, os caldeus também foram famosos por suas conquistas militares. Sob o comando de Nabucodonosor II, o Império Babilônico se expandiu consideravelmente e conquistou várias regiões importantes da época. Os babilônios também foram responsáveis por muitas inovações na arte da guerra, como o uso de armas de cerco e a criação de muros defensivos ao redor das cidades.
Os caldeus adoravam uma variedade de deuses, incluindo Marduk, o deus-pássaro que era o patrono da cidade de Babilônia. Eles acreditavam que os deuses controlavam todos os aspectos da vida e que, para ter sucesso, era necessário prestar homenagem e oferendas aos deuses.
Os caldeus, assim como outros povos mesopotâmicos, acreditavam que os deuses controlavam diferentes aspectos da vida, como o sol, a lua, as estrelas, a água, a fertilidade e a guerra.
Na cidade de Ur dos Caldeus, onde Abraão teria vivido, os deuses mais adorados eram Nanna, o deus da lua, e Ningal, a deusa da lua. Outros deuses incluíam Enlil, o deus do ar e das tempestades, e Marduk, o deus-pássaro que se tornou o deus principal do Império Babilônico, Ishtar e Nergal
A arqueologia revelou que os Caldeus eram habilidosos em astronomia e matemática, e desenvolveram um sistema de numerologia baseado no número 60, que ainda é usado na medida do tempo (60 segundos em um minuto, 60 minutos em uma hora). Eles também criaram uma escrita cuneiforme refinada e eram famosos por sua arquitetura e escultura em pedra.
A saída de Abraão de sua parentela
Deus o escolheu para ser o patriarca de um grande povo que se tornaria a nação de Israel. Deus o chamou para deixar sua terra natal e ir para a terra prometida, que era Canaã, a terra que mais tarde seria conhecida como Israel.
Abraão foi criado em uma família politeísta, mas acredita-se que ele começou a questionar as crenças de seus antepassados e a buscar a Deus em sua juventude. A tradição judaica e cristã afirma que Deus apareceu a Abraão em uma visão e lhe disse para deixar sua terra natal e seguir para uma terra que Ele mostraria a ele.
Acredita-se que Abraão tinha cerca de 75 anos quando ele deixou Ur dos caldeus e começou a jornada que o levaria à Terra Prometida. Sua jornada o levou a várias partes do Oriente Médio, incluindo Harã e Canaã, antes de finalmente se estabelecer em Hebrom.
Abraão obedeceu a Deus e partiu com sua esposa Sarai e seu sobrinho Lot. Deus prometeu a Abraão que lhe daria muitos descendentes e que sua descendência seria abençoada. Abraão também recebeu a promessa de que Deus estaria sempre com ele e que protegeria sua família.
Ao chegar em Canaã, Abraão enfrentou muitos desafios e teve que lidar com a fome, a guerra e a esterilidade de sua esposa. Ele também teve um filho com a serva de sua esposa, Agar, que se chamava Ismael. Mais tarde, Deus concedeu um filho a Abraão e Sarai, que se chamava Isaque, que se tornou o herdeiro da promessa de Deus.
Abraão viveu até uma idade avançada e morreu em Hebrom, que é uma cidade na região de Canaã. Ele foi enterrado ao lado de sua esposa em uma caverna em Macpela, que se tornou um lugar sagrado para os judeus.
A história de Abraão é considerada uma história de fé, obediência e confiança em Deus. Ele é visto como um exemplo de como acreditar em Deus pode levar a grandes bênçãos e recompensas. A tradição judaica, cristã e islâmica todas consideram Abraão como um importante profeta e figura religiosa.
Abraão teve um filho com a egípcia Hagar, com nome Ismael, e a relação entre Isaque e Ismael nem sempre foi pacífica, mas ambos cresceram para se tornar líderes em suas próprias nações. A descendência de Abraão se tornou numerosa, e ele é considerado o patriarca das três religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Deus troca o nome de Abrão para Abraão
Deus muda o nome de Abrão para Abraão. De acordo com Gênesis 17:5, Deus disse a Abrão: “Não te chamarás mais Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque por pai de muitas nações te constituí”. Essa mudança de nome é considerada significativa, pois representa uma mudança na identidade e no propósito de Deus para Abraão.
A referência bíblica para a mudança de nome de Abrão para Abraão está em Gênesis 17:5, que diz: “Não te chamarás mais Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque por pai de muitas nações te constituí“.
Abraão e seu sobrinho Ló
Abraão e seu sobrinho Ló tiveram uma relação próxima durante muitos anos. Quando Abraão saiu de Ur dos caldeus, ele levou consigo Ló, filho de seu irmão Harã. Ló tornou-se como um filho para Abraão, e os dois viajaram juntos pelo Oriente Médio, enfrentando muitos desafios e aventuras.
Depois de algum tempo, surgiram conflitos entre os pastores de Abraão e os pastores de Ló, pois havia escassez de pastagens para seus rebanhos. Abraão, sendo um homem pacífico e sábio, propôs que eles se separassem e escolhessem cada um um lugar para se estabelecer.
Ló escolheu a região do Jordão, onde havia muitas pastagens verdes, mas também era conhecida por sua maldade e pecado. Abraão, por outro lado, escolheu a região de Hebrom, que era mais calma e pacífica.
Anos depois, quando Ló foi capturado por invasores, Abraão liderou uma força para resgatá-lo e conseguiu libertá-lo. Embora, a vida de Ló acabou em tragédia, quando sua esposa olhou para trás enquanto fugiam da destruição de Sodoma e Gomorra e se transformou em uma estátua de sal.
Apesar das dificuldades e desafios que enfrentaram, Abraão e Ló permaneceram unidos e cuidaram um do outro ao longo de suas vidas. A história deles é um exemplo de como a família e a amizade podem ser importantes em tempos difíceis.
Abraão encontra com Melquisedeque
Melquisedeque era o rei de Salém, que é interpretado como sendo a cidade de Jerusalém, e também era um sacerdote de Deus. Abraão, por sua vez, era um patriarca do povo de Israel e é considerado um dos mais importantes personagens da Bíblia.
Abraão voltou de uma batalha na qual derrotou diversos reis e Melquisedeque foi ao seu encontro para abençoá-lo. Melquisedeque ofereceu pão e vinho a Abraão e o abençoou, agradecendo a Deus pela vitória de Abraão na batalha. Em resposta, Abraão deu a Melquisedeque o dízimo, ou seja, uma décima parte de tudo o que havia obtido na batalha.
Essa história é vista por muitos como um exemplo de generosidade e gratidão, bem como um exemplo da importância do papel dos sacerdotes na religião judaica. A figura de Melquisedeque é também interpretada como um tipo de prefiguração de Jesus Cristo, que é considerado o grande sacerdote da religião cristã.
A visita de três anjos a tenda de Abraão e Deus faz promessas
A história da visita dos três anjos à tenda de Abraão é contada no livro do Gênesis, capítulo 18. Esses anjos foram enviados por Deus para anunciar a Abraão que sua esposa Sara daria à luz um filho, Isaac, apesar de sua idade avançada.
Na história, Abraão estava sentado à entrada de sua tenda quando viu três homens se aproximando. Ele correu para encontrá-los e ofereceu-lhes água para lavar os pés e comida para comer. Os homens aceitaram a hospitalidade de Abraão e enquanto estavam comendo, eles revelaram o propósito de sua visita.
Eles disseram que voltariam naquele mesmo período no ano seguinte e que, naquele momento, Sara teria um filho. Sara, que estava ouvindo a conversa, riu incrédula da ideia de que ela, já idosa, poderia ter um filho. Os homens então perguntaram a Abraão por que Sara tinha rido e disseram que nada é impossível para Deus.
A história da visita dos três anjos é vista como um exemplo de hospitalidade e de fé em Deus. Abraão demonstrou grande generosidade ao oferecer comida e abrigo aos estranhos, e sua fé em Deus foi recompensada com a notícia do nascimento de seu filho Isaac.
Abraão tem um filho Ismael com sua serva Hagar, a egípcia
A história de Abraão, Sara, Hagar, Ismael e Isaac é contada no livro do Gênesis, capítulos 16, 17, 18, 21 e 22. Abraão é considerado o pai da fé, e sua história é fundamental para o judaísmo, cristianismo e islamismo.
Abraão era casado com Sara, mas ela era estéril e não conseguia ter filhos. Depois de anos de espera, Sara decidiu que Abraão deveria ter um filho com sua serva, Hagar, para que ela pudesse criar a criança como se fosse sua própria.
Abraão concordou com a ideia, e Hagar engravidou e deu à luz Ismael. Porém, Sara ficou com ciúmes de Hagar e, depois que ela engravidou novamente e teve Isaac, Sara pediu a Abraão para expulsar Hagar e Ismael. Abraão ficou relutante, mas Deus disse a ele para ouvir a voz de Sara e enviar Hagar e Ismael embora.
Hagar e Ismael vagaram pelo deserto até que ficaram sem água e comida. Deus ouviu as orações de Hagar e lhe mostrou um poço de água, e Ismael cresceu forte e se tornou um habilidoso arqueiro.
Depois que Sara finalmente engravidou e deu à luz Isaac, ela ficou com ciúmes de Hagar e Ismael e pediu a Abraão para expulsá-los. Abraão ficou relutante, mas Deus disse a ele para ouvir a voz de Sara e enviar Hagar e Ismael embora.
Hagar e Ismael vagaram pelo deserto e ficaram sem água e comida. Deus ouviu as orações de Hagar e providenciou um poço de água para ela e seu filho. Mais tarde, Deus fez uma promessa a Hagar de que Ismael se tornaria uma grande nação.
A história de Hagar é significativa para o Islã, já que Hagar é vista como uma mulher virtuosa e corajosa que é lembrada na prática do Hajj, a peregrinação anual a Meca. No Islã, ela é vista como uma mãe exemplar que confiou em Deus e ensinou seu filho a fazer o mesmo.
Anjo aparece para Hagar
Gênesis 16, depois de ter sido expulsa da casa de Abraão, Hagar e seu filho Ismael estavam vagando no deserto de Berseba, sem água e sem provisões. Em desespero, Hagar se afastou de seu filho para não vê-lo morrer e sentou-se sob uma árvore para chorar.
Foi nesse momento que um anjo do Senhor apareceu a ela e lhe perguntou por que ela estava chorando. Hagar respondeu que estava desesperada e sem esperança no deserto. O anjo então disse a ela para não ter medo, porque Deus tinha ouvido suas orações. O anjo disse a Hagar para voltar para Abraão e Sara, e que seu filho Ismael se tornaria uma grande nação.
O anjo também disse a Hagar para dar o nome de Ismael ao seu filho, que significa “Deus ouviu”, para lembrar a ela e a todos que Deus havia ouvido sua aflição. Depois disso, o anjo desapareceu e Hagar voltou para a casa de Abraão.
A história de Hagar e o anjo é vista como um exemplo da providência divina, que está sempre presente mesmo nos momentos mais difíceis. O anjo lembrou a Hagar que Deus a estava ouvindo e que ele tinha um plano para ela e seu filho. A história também é vista como um exemplo de como Deus se preocupa com as necessidades dos mais fracos e vulneráveis, mesmo quando eles são marginalizados e esquecidos pelos outros.
Abraão e Sara tem um filho chamado Isaque
Isaque nasceu quando Abraão já tinha 100 anos e Sara 90 anos. A história do nascimento de Isaque é vista como um grande milagre, já que Sara era estéril e estava além da idade de ter filhos.
Deus havia feito uma promessa a Abraão de que ele seria o pai de uma grande nação, e que sua descendência seria tão numerosa quanto as estrelas do céu. Abraão havia esperado por muitos anos para que essa promessa se cumprisse, e chegou a ter um filho com a serva de Sara, Hagar, chamado Ismael.
Então, quando Sara deu à luz a Isaque, foi visto como uma confirmação da promessa de Deus a Abraão. O nome Isaque significa “riso”, porque Sara havia rido de incredulidade quando Deus lhe disse que ela teria um filho na sua idade avançada.
A história de Isaque e sua família é central para a tradição judaica e cristã. Ele é visto como um dos patriarcas de Israel e como um modelo de fé e obediência a Deus. A história de Isaque também apresenta uma mensagem sobre a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas e o valor da paciência e da confiança em Deus, mesmo quando as circunstâncias parecem impossíveis.
Deus pede Isaque a Abraão, em sacrifício
Gênesis 22, Deus pediu a Abraão que sacrificasse seu único filho Isaque como um holocausto. Deus fez essa demanda a Abraão como um teste de sua fé e lealdade, e Abraão foi chamado de sacrificar seu filho em um monte que Deus mostraria a ele.
Abraão levou Isaque até o local do sacrifício, sem dizer a seu filho o que estava prestes a acontecer. Quando eles chegaram, Abraão construiu um altar, colocou a lenha sobre ele e amarrou Isaque sobre a lenha. Ele então levantou a faca para matar seu filho, mas um anjo do Senhor chamou por ele do céu e o impediu.
O anjo disse a Abraão que ele havia provado sua fé em Deus e que não precisava sacrificar Isaque. Abraão então viu um carneiro preso em um arbusto próximo e o sacrificou em vez de Isaque. O local do sacrifício ficou conhecido como “Yahweh Yireh“, que significa “O Senhor Proverá“.
A história do sacrifício de Isaque é vista como um dos mais importantes episódios do Antigo Testamento, e é muitas vezes referido como um exemplo de fé, obediência e confiança em Deus. A história também é vista como um tipo ou figura do sacrifício de Jesus Cristo, que é entendido como o Cordeiro de Deus que foi sacrificado pelos pecados da humanidade.
A história também apresenta questões éticas e teológicas desafiadoras, como o porquê de Deus pedir a Abraão para sacrificar seu próprio filho e se um Deus amoroso exigiria tal ato. A história é geralmente interpretada como um teste da fé e obediência de Abraão.
Cooperação fonte: www.mensagensdabiblia.com.br